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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Novas condições para vida em outros planetas

Prezados amigos, um estudo recentemente publicado por uma equipe de Astrônomos liderada por René Heller da Universidade de Potsdam, postula que marés gravitacionais podem tornar a assim chamada "zona habitável" em torno de estrelas de pouca massa, inabitável.
Planetas extra-solares ou exoplanetas, começaram a ser descobertos a partir de 1995. À procura de vida fora da Terra, os Cientistas focam exoplanetas  na chamada "zona habitável". Isto significa que tais planetas orbitam sua estrela-mãe a uma distância tal que possa existir água líquida em sua superfície. Água líquida, acredita-se, ser um ingrediente essencial para a vida. Até agora, as duas principais direções consideradas para determinar a temperatura na superfície dos planetas seriam a distância para sua estrela central e a composição da atmosfera planetária. Após estudar as marés gravitacionais causadas por estrelas de baixa massa em seus possíveis companheiros planetários tipo-Terra, Heller e seus colegas concluiram que efeitos de marés modificam o tradicional conceito de zona habitável.
Heller deduziu isto com três efeitos distintos: Primeiramente, marés podem causar a rotação do eixo de um planeta, tornando-se perpendicular à sua órbita em pouco mais de um milhão de anos. Em comparação, o eixo de retação da Terra está inclinado em 23,5 graus- um efeito que causa as estações. Devido a este efeito, poderia não haver variação sazonal nos tais planetas tipo-Terra na zona habitável de estrelas de baixa massa. Estes planetas teriam uma imensa variação de temperatura entre seus pólos que poderia perpetuá-los em um frio intenso em contraste com seu equador quente. Com o tempo, esta diferença, poderia evaporar qualquer atmosfera. Esta diferença de temperatura poderia causar ainda ventos extremos e tempestades. O segundo efeito destas marés seria esquentar o exoplaneta, similar ao esquentamento da superfície de Io, lua de Júpiter, que tem um vulcanismo global.
Finalmente, marés podem fazer que o período rotacional do planeta(o dia do planeta), seja sincronizado com o período orbital(o ano do planeta). Esta situação seria idêntica à configuração Terra-Lua, onde a Lua mostra somente uma "face" para a Terra. Sua outra face é conhecida como face oculta da Lua. Como resultado disto, metade do exoplaneta receberia uma radiação exagerada de sua estrela, enquanto a outra metade congelaria em trevas eternas!
Então, segundo este estudo, a zona habitável ao redor de estrelas de pouca massa seria, vamos dizer, no mínimo desconfortável, podendo mesmo ser inabitável! Vejam mais em: http://www.sciencedaily.com/releases/2011/02/110224091735.htm

Concepção artística de um grande planeta estra-solar. Créditos: NASA/JPL-Caltech.

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