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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

18º ENCONTRO DE ASTRONOMIA DO NORDESTE (EANE) Relato



Nos dias 12 e 13 de outubro do corrente ano (2018) a graciosa cidade de Bezerros em Pernambuco recebeu o  18º ENCONTRO DE ASTRONOMIA DO NORDESTE (EANE). Bezerros é uma cidade do agreste pernambucano distante aproximadamente 70 km da capital Recife. É um ambiente possuído pela cultura harmorial, pelo repente e pelas xilogravuras. Esta bela cidade acomodou o evento no Centro de Artesanato de Pernambuco (um local lúdico que manteve durante todo o evento diversos elementos da cultura pernambucana). Nesta atmosfera plural, o 18º EANE caminhou com diversas palestras importantes e também sempre mantendo uma constante adjacência com a cultura pagã e popular do agreste pernambucano. A abertura do evento foi abrilhantada com a palestra do prof. Dr. Antônio Carlos de Miranda da UFRPE sobre poluição luminosa atmosférica e suas consequências na prática da observação astronômica. No primeiro dia do EANE este que aqui escreve  sobre o supracitado evento teve a felicidade de proferir uma de minhas produções poéticas acerca da Astronomia nordestina   e sua trajetória  até os dias atuais. O poema intitulado “Um Vislumbre sobre nossa Astronomia aqui no Nordeste” foi lido por minha Sra. (professora “Daia”) perante uma plateia fervorosa.  O Eane então prosseguiu com diversas palestras interessantes com destaque para os temas associados com a Bramon e as mais recentes descobertas dentro do contexto de meteoros. 
Em linhas gerais o 18º EANE teve uma boa audiência e conseguiu sintetizar temas atuais da Astronomia Nordestina e Nacional bem como possibilitou aos participantes um passeio lírico pelo grande caleidoscópio cultural que é a cidade de Bezerros e o estado de Pernambuco. Vale também salientar que a organização do evento foi outro ponto de destaque enfatizando sempre a dinâmica do Mestre Audemário Prazeres e toda sua equipe.

Segue abaixo a Poesia:
Um Vislumbre sobre nossa Astronomia aqui no Nordeste










Os telescópios em questão são da AAP,  o grandão ai eu recebi de Pierson Barreto para restaurá-lo e doar a uma instituição. Como gastei algum dinheiro fui reembolsado por Audemário Praseres e ai está o leviatã de 250mm.


Um vislumbre passageiro
Desse nosso jeito de agir
Com certa dificuldade
Sempre iremos prosseguir
Na correnteza do tempo
Ninguém nem deve impedir

Estamos celebrando um Eane
Que vem desde dois mil e cinco
É um encontro Nordestino
Onde fazemos com afinco
Astronomia entre os irmãos
Até num telhado de zinco

O Eane sempre irá proporcionar
Entre Entidades e Astrônomos
Um conhecimento melhor
Com telescópios ou Gnomos
Socializando as atividades
Onde todos somos autônomos

Com o domínio holandês
Trouxe Maurício de Nassau

O grande George Marcgrave

Com a luneta, objeto legal.                                     

Ele era somente cartógrafo

No entanto preparou o degrau

 

O degrau foi a Astronomia

Que aqui por estas bandas

Coube a Recife ser o Palco

Com toda sua propaganda

Deixando ela oficializada

Nossa América vestibulanda

 

Dom Pedro II pegou o fio

Dessa meada em andamento

Lançou bases altaneiras

Mostrando assim o intento

Nas mentes conceituadas

As quais descobriram a tempo

 

Rubens de Azevedo no Ceará

Logo ateou fogo ao estopim

Padre Polman lá em Recife

Que apreciava sururu e aipim

Levou a cultura da Astronomia

Até mesmo na ilha do maruim

 

Conheço alguns seguidores

Do padre Polman, um deles está,

Bem aqui: Audemário Prazeres.

O outro está com São Pedro, lá.

Foi o amigo Genival Leite Lima,

E deve estar no céu, bem acolá.

 

Pierson Barreto viu e conviveu

Com o Polman, e muita gente,

Da SAR, do CEA, lá em Recife.

Lupércio estava nesse contingente

De intrépidos alunos, colaboradores,

E o céu nunca saia de sua mente

 

Conheço mais alguns nessa peleja

Mas o espaço é curto para comentar

Correr atrás da ciência em questão

Para muitos parece até elementar

Porém olhando o céu com respeito

Você certamente deixará de duvidar


O nosso Nordeste está repleto

Dos lances de Polman e Azevedo

Dos estados do Maranhão a Sergipe

Estão olhando o céu sem ter medo

Sempre um grupo de pessoas, vendo,

O céu escuro e da juriti, o arremedo.


Lá em minha terra, nas Alagoas,

Adriano cuida bem do Observatório

Que leva o nome do eterno Genival

Romualdo e David fazem o relatório

Das atividades do nosso Ceaal

Onde aos sábados temos repertório