Os Cientistas já sabiam que a duração do dia na Terra- o tempo que a Terra leva para fazer uma rotação completa- oscila em torno de 24h. Ao longo de um ano, a duração do dia varia em cerca de um milisegundo, ficando mais longo no inverno e mais curtos no verão. Estas alterações sazonais do dia terrestre é impulsionada pela troca de energia entre a Terra sólida, movimentos fluidos da atmosfera(ventos e mudanças na pressão atmosférica) e seus oceanos. Os Cientistas podem medir estas pequenas mudanças da rotação de nosso planeta através de observações astronômicas e técnicas Geodésicas muito precisas.
Mas o comprimento do dia na Terra também varia em escalas de tempo muito mais longas(como as interanuais de 2 a 10 anos), década(10 anos) ou períodos mais longos que isso, por exemplo: Num prazo de 65 a 80 anos, observou-se uma variação do dia em cerca de 4 milisegundos no começo do século XX.
Estas flutuações são grandes demais para serem explicadas apenas pelos movimentos da atmosfera terrestre e de seus oceanos. Em vez disso, tais mudanças podem ser originadas devido ao fluxo de ferro líquido no núcleo externo da Terra, onde o campo magnético se origina. Isto interage com o fluido do manto da Terra para afetar sua rotação. Enquanto não se pode observar diretamente estes fluxos, pode-se deduzir os seus movimentos através da observação do campo magnético terrestre na superfície.
Estudos anteriores mostram que este fluxo de ferro líquido do núcleo externo da Terra oscila em ondas de movimentos que duram décadas com prazos que correspondem intimamente com as variações de longa duração do comprimento do dia na Terra.
Outros estudos ainda têm observado que há uma relação entre as variações de longa duração do comprimento do dia e de flutuações de 0,2 graus Celsius na tempertura média global da superfície terrestre.
Então, como podem estas três variáveis: Rotação da Terra, movimentos no núcleo da Terra(conhecidos como momentos angulares do núcleo) e temperatura da superfície da Terra estarem relacionados? Isto é o que os pesquisadores Jean Dickey e Steven Marcus da NASA's Jet Propulsion Laboratory, Pasadena, Calif., e os colegas Olivier de Viron da Universite Paris Diderot e Institut de Physique du Globe de Paris na França, tentam descobrir em conjunto. Vejam mais aqui:
http://www.nasa.gov/topics/earth/features/earth20110309.html
Estudos da rotação da Terra, movimentos de seu núcleo derretido e temperatura do ar atmosférico mostram interessantes correlações. Créditos: NASA/JPL-Université Paris Diderot - Institut de Physique du Globe de Paris |
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